Bem vindos!


Aqui você encontra uma forma de aprender sobre Botânica de uma forma mais contextualizada, mais aplicada ao seu dia-a-dia. Pode entender um pouco mais sobre o assunto e também ajudar a contribuir com seu comentário, fazendo perguntas ou acrescentando algo, gerando discussões.

O objetivo do blog é ajudar aos alunos que estudam botânica durante a sua graduação, ou simplesmente "matar" a curiosidade de alguns.

Solicito a gentileza de comentar suas questões e contribuições.

Aos que desejarem a postagem de algum assunto em específico, é só mandar um e-mail para botanicanagraduacao@gmail.com , que será postado aqui, você poderá estar contribuindo para a divulgação e a valorização do blog, assim como para a difusão de conhecimento para todos.


Jessika Barbosa.

sábado, 8 de junho de 2013

As Bromélias e a Dengue



As bromélias utilizadas na ornamentação (postagem aqui) já foram e ainda são consideradas, para alguns uma preocupação, pelo fato de acumularem água devido a sua morfologia (postagem aqui), essa preocupação vem devido às epidemias de dengue, porém de acordo com estudos realizados em zonas urbanas do rio de janeiro, onde bromélias são bastante utilizadas para ornamentação, sugerem que as bromélias não constituem criadouros importantes para a manutenção e proliferação do vetor Aedes aegypti quando comparadas a outros criadouros. É afirmado ainda que não deva ser descartada a possibilidade de que me áreas com elevadas concentrações de bromélias dentro de um bairro possam excepcionalmente apresentar importâncias sanitária. Porém o conjunto dos resultados sugere que elas não constituem criadouros importantes para a manutenção e proliferação do vetor e não poderiam isoladamente manter um epidemia, além de não ter sido observada preferência do mosquito pelas bromélias quando comparadas a outros criadouros, tais como caixas d’água, pneus, tonel, prato plástico, ralo.

Porém o que pode ser feito como mode de prevenção para que as bromélias, que também serve para outras plantas utilizadas para ornamentação em residências, não se tornem criadouros de fato dos mosquitos é tomar algumas medidas como:

- Trocas a água pelo menos duas ou três vezes por semana. A água deverá ser entornada sobre a terra ou longe dos ralos;

- Regar as plantas com uma calda de fumo (fumo de rolo ou de cigarro colocado em dois litros d'água de um dia para outro ou fervido) ou com solução de água sanitária (uma colher de chá de sanitária para um litro d'água) duas vezes por semana;


- Também se recomenda a aspersão de todo o ambiente onde as plantas estão com inseticida aerosol piretróide com propelente à base de água (evitar aqueles com querosene) duas vezes por semana;


- Se possível, utilizar todas essas medidas em conjunto para segurança total. Bromélias plantadas no chão, em residências ou condomínios: Recomenda-se o inseticida ecológico rural, da Natural Camp ou fumo de rolo diluído em água, ou um pouquinho da borra do pó de café diluído em água.


A manutenção dos jardins e espaços públicos é responsabilidade do Estado ou do Município, a quem cabe decidir os produtos e técnicas a serem utilizados. Sabemos hoje que o combate a esses focos é possível e não obriga à destruição de plantas de qualquer natureza que são patrimônio público, ou seja, da população. A legislação ambiental protege as bromélias da natureza porque reconhece a sua importância nos ecossistemas. 


Ninguém precisa se desfazer das suas bromélias. Elas são fonte de beleza e a natureza certamente agradecerá.



Não deixe de comentar, sejam dúvidas, discussões, sugestões... Interagir é bom, ainda mais quando trata-se de assuntos referentes ao seu contexto! 
Jessika Barbosa.




Referências Bibliográficas:

MOCELLIN, Márcio Goulart. Avaliação da importãncia das bromeliáceas como criadouro de Aedes (Setomyia) aegypti (Linnaeus, 1762) (Difpter: Culicidae) no ambiente urbano do Rio de Janeiro. 2010. 87 f. Tese (Mestrado) - Curso de Pós-graduação em Biologia Parasitária, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: <http://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4164/1/marcio_g_mocellin_ioc_bp_0031_2010.pdf>. Acesso em: 08 jun. 2013.

LIMA, Marisa. Bromélias x Dengue (puro mito). Disponível em: <http://blogdepaisagismo.lopes.com.br/2009/05/bromelias-x-dengue-puro-mito.html>. Acesso em: 08 jun. 2013.

Imagens originais disponíveis em:

1. http://blog.efacil.com.br/wp-content/uploads/2011/12/combate-a-dengue.jpg

2. http://www.oestejardinagens.com.br/admin/fotos/d3.jpg

Importância das Bromélias

A família Bromeliaceae destaca-se como um dos principais componentes da flora e da fisionomia dos ecossistemas brasileiros abrigando aproximadamente 36% das espécies catalogadas. Possui vários gêneros endêmicos, alguns deles encontrados exclusivamente na Floresta Atlântica.

Os representantes da família apresentam em geral inflorescência vistosa e folhas distribuídas em roseta. (Para maiores detalhes morfo-anatômicos vá para postagem anterior sobre bromeliáceas)

Figura 1. Bromélia imperial, disposição das folhas.


Figura 2. Flor da bromélia imperial.


A importância econômica da família Bromeliaceae é referida como plantas ornamentais, sendo atualmente muito cultivadas e utilizadas em decorações de interior e projetos paisagísticos. Em função da grande procura pelas bromélias de valor ornamental, o extrativismo de seus ambientes naturais tem se intensificado nos últimos anos, colocando algumas espécies com maior grau de ameaça.


Figura 3. Ornamentação


A importância econômica das bromélias é também destacada pelo delicioso fruto do abacaxi, Ananas comosus (L.) Merril, muito apreciado na alimentação, como produtora de bebidas, doces e sobremesas.

Figura 4. Abacaxi

Outra espécie de grande valor econômico é o “caroá-verdadeiro”, Neoglaziovia variegata (Arr. Cam.) Mez, utilizada como produtora de fibras. Na medicina natural, como digestiva, depurativa e com outras funções, tem-se o uso da enzima “bromelina”, presente em algumas espécies do gênero Bromelia.


Figura 5. "Coroá-verdadeiro"

Em relação à importância ecológica das bromélias, e acordo com um estudo realizado em um trecho da Floresta Atlântica localizada no Rio de Janeiro, observou-se que, apesar de sua reduzida biomassa apresentam papel significativo na ciclagem e incorporação de nutrientes atmosféricos ao sistema, constituindo-se, portanto em eficiente mecanismo de captura e conservação de nutrientes.

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Jessika Barbosa.

Referências bibliográficas

OLIVEIRA, Rogério Ribeiro. Importância das bromélias epífitas na ciclagem de nutrientes da Floresta Atlântica. Acta Botânica Brasilica, Rio de Janeiro, v. 31, n. 4, p.793-799, 28 abr. 2004. Trimestral. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abb/v18n4/23213.pdf>. Acesso em: 08 jun. 2013.
MOREIRA, Bianca Alsina; WANDERLEY, Maria Das Graças Lapa; CRUZ-BARROS, Maria Amélia Vitorino da. BROMÉLIAS: IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA E DIVERSIDADE. TAXONOMIA E MORFOLOGIA. Programa de Pós Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente. Disponível em: <http://www.biodiversidade.pgibt.ibot.sp.gov.br/Web/pdf/Bromelias_Bianca_Moreira.pdf>. Acesso em: 08 jun. 2013.

Fonte das imagens:
1. http://www.plantaornamental.com/fotos-plantas/2012/10/planta-bromelia-imperial.jpg
2. http://www.plantaornamental.com/fotos-plantas/2012/10/flor-bromelia-imperial.jpg
3. https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7_y9wqMGQ1xF0xn6fmgtzhz6qJIrgNwZ11Msqy4yHWZXOC1SPbKmMTtjvqrFeW_MYdCDM6Yb4zciLzWrcIUyF_sOTen4YKdGnN4Q6ZgqptfbwcgebXU-3lGurvrbqHr96DeZSST29ymKP/s1600/BXK1467_Bromelia800.jpg
4. http://www.efecade.com.br/wp-content/uploads/2013/01/ABACAXI-2.jpg

5. https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmQpPLm4ggYN9jAUWU87MCiw8astj39gKcdk1CuRuQBpax-onhcNqkYNaKIqrNhyxcmPJSqjmRvC0z7etit3uSg321JEDVIBaffSOfgw6V73FUCw1U-e0TrO7GEiTexG9TVJW2GmvUrumI/s1600/Neoglaziovia+variegata.jpg

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Bromeliáceas

As raízes nas bromeliáceas (Figuras 1, 2 e 3), vão ser responsáveis somente pela fixação do vegetal, essas raízes ocorrem principalmente em bromeliáceas do gênero Tillandsia.

Figuras 1 e 2. Bromeliáceas em caules
Figura 3.  Caules e raízes de bromeliáceas. W - Raízes; A - Caule.



E então, como ocorre a absorção de água e nutriente nessas plantas, se não é pela raiz?

Essa absorção vai ocorrer a partir de escamas absorventes (Figura 4), que vão estar presentes nas folhas dessas espécies, através de osmose. Portanto, as escamas em Bromeliáceas vão exercer um importante papel eco-fisiológico.

Figura 4. Escamas de bromeliáceas


Mas mesmo com essas escamas absorventes, como elas fazer para absorver água e o nutriente? Diretamente do ar?

Não. A forma como as folhas das bromeliáceas (Figuras 5 a 9) de dispõem, que é espiraladamente e de forma imbricada formando uma roseta, ocorre, frequentemente, a formação de um “vaso” ou “tanque”, estilo um recipiente que vai permitir o acúmulo de água e nutriente, sendo possível a instalação de uma flora e fauna neste micro-habitat.

Figuras 5 a 9. Disposição das folhas e bromeliáceas e micro-habitats


Glossário:


Imbricada: Disposição das folhas de maneira que não se ver o que está embaixo. Sobreposição das folhas.

Micro-habitat: é a vizinhança imediata do local onde vive um determinado espécime animal ou vegetal.

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Jessika Barbosa.

Referências Bibliográficas

MOREIRA, B.A.; WANDERLEY, M.G.L.; CRUZ-BARROS M.A.V. Bromélias: Importância Ecológica e Diversidade. Taxonomia e Morfologia. São Paulo, 2006. Visualizado em: 06 de jun de 2013. Disponível em: <http://www.biodiversidade.pgibt.ibot.sp.gov.br/estagio_docencia/BiancaMoreira.pdf>

Imagens originais disponíveis em:

1. <http://style.greenvana.com/wp-content/uploads/2011/12/Ep%C3%ADfita.jpg>
2. < https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQeZWtlZmXDCsdsZ5dBSJTJXJAY3BXR67-fit5uHjvsiIzNIRdm>
3. <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/bromelias/imagens/Bromel5.jpg>
4. <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/bromelias/imagens/Bromel8.jpg/>
5. < http://media.fazfacil.com.br/2012/07/bromelia-300x199.jpg>
6. < http://www.latina.com.br/purobemestar/wp-content/uploads/2013/02/dp0zkqyozulxzsys943osds1t.jpg>
7. < http://blogimuniservice.files.wordpress.com/2011/04/12_mhg_rio_bromelia.jpg>
8. < http://revistacasaejardim.globo.com/Revista/Casaejardim/foto/0,,20353494,00.jpg>

9. <http://www.nucleodeaprendizagem.com.br/bromelia.jpg>

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Morfologia da Semente - Introdução

A semente é óvulo desenvolvido após a fecundação, ela se origina depois da dupla fecundação que ocorre no ovário.

A semente contém o embrião com ou sem reservas nutritivas, que é protegido por um tegumento. As partes da semente são: o tegumento e a amêndoa (embrião e reservas) (Figuras 1 e 2).

Figura 1. Morfologia da semente de eudicotiledôneas e de monocotiledôneas.

Figura 2. Morfologia geral da semente


O tegumento (1), também conhecido por casca, e o que reveste a semente externamente, podendo ser duro ou macio, liso ou dotado de ornamentações. Além do papel de proteger o embrião, também pode desempenhar papel importante na disseminação da semente, devido suas variações estruturais. Ele também regula a germinação, a velocidade de rehidratação e das trocas gasosas.

A amêndoa é a parte envolvida pelo tegumento, e possui o embrião e as reservas.

O embrião consta de radícula (2) (que é uma raiz rudimentar), de caulículo (3) (que é a porção caulinar do embrião), de gêmula (4) (também conhecido como plúmula, que é o cone vegetativo apical, constituindo os primórdios das primeiras folhas) e de cotilédone (5) (que é ou são as primeiras folhas. As angiospermas podem ter um cotilédone – monocotiledôneas - ou dois - eudicotiledôneas).
As reservas são o endosperma primário, que é um tecido originado da célula-mãe dos macrósporos, formado antes da fecundação, pelo que é haploide, ele ocorre nas Gimnospermas.  O albume (6) desenvolve-se após a fecundação e é triploide, é um tecido nutritivo e rico cem substâncias alimentares. E por fim, temos o perisperma, que é um tecido de reserva originado da nucela, que forma-se somente em algumas sementes podendo coexistir com o endosperma.

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Jessika Barbosa.
Referências Bibliográficas:
RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia vegetal. Tradução Jane Elizabeth Kraus et al. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. 830 p.
SANTOS, J.H.R; BONILLA, 0.H. Organografia das fanerógamas. Fortaleza: UECE, 2003. 146 p.
Imagens originais, disponíveis em:
1. https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig53eYyHrNcaQQLRy1lmCSqMo81cwnDzfnhZGH5mJyoxieaHHugb7p7Iyv8iDhQfyX-mAmw9hZeEvjoetum05QCgRF8wPICOo9xZX0XAwrp-po3DChw111_1Dpbi2pK7FVQQpXXSuKEQs/s1600/Picture3.jpg
2.http://flores.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/partes-da-semente-tegumento-embriao-e-endosperma/partes-da-semente-tegumento-embriao-e-endosperma-2.jpg

terça-feira, 4 de junho de 2013

Morfologia do Fruto - Introdução

O fruto é o ovário desenvolvido da flor, sua formação ocorre, em geral, após a fecundação. Ele serve para proteger e ajudar na dispersão das sementes, que se desenvolvem de óvulos que foram fecundados.

Os frutos possuem grandes variações estruturais, devido a grande variação que existem na organização do gineceu das flores. Muitas vezes o fruto pode se formar de outra parte da flor, sem ser o ovário, outras partes podem ser representadas no fruto, como o, pedúnculo, o receptáculo, o cálice e as brácteas. Durante o desenvolvimento do fruto e pedicelo da flor de alarga para sustentá-lo.

Morfologia:

Apesar da grande diversidade de fruto, eles apresentam uma estrutura morfologia básica bem constante, composta por, pericarpo (epicarpo, mesocarpo e endocarpo) e semente.

Figura 1. Morfologia do Fruto


O pericarpo (1) é a parede do fruto, composta pelas três regiões citadas acima. O epicarpo (2) é a camada mais externa do fruto e tem origem a partir da epiderme externa da parede do ovário. O mesocarpo (3) é a camada intermediária, que se origina do mesófilo carpelar, podendo ser espesso, acumulando ou não reserva nos frutos carnosos ou secos, costuma ser a parte comestível. Por fim temos o endocarpo (4), que é a camada mais interna e que tem origem a partir da epiderme interna da parede do ovário, essa camada é a que está em contato com as sementes.

Em relação às sementes (5), elas serão abordadas em uma postagem separada.

Não deixe de comentar, sejam dúvidas, discussões, sugestões... Interagir é bom, ainda mais quando trata-se de assuntos referentes ao seu contexto! 
Jessika Barbosa.


Referências Bibliográficas:
RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia vegetal. Tradução Jane Elizabeth Kraus et al. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. 830 p.
SANTOS, J.H.R; BONILLA, 0.H. Organografia das fanerógamas. Fortaleza: UECE, 2003. 146 p.
Imagem original, disponível em: http://djalmasantos.files.wordpress.com/2010/11/fruto.jpg

Morfologia da Flor - Introdução

A flor é o órgão reprodutivo das plantas, sendo assim de grande importância para os vegetais, pois permite a sua expansão territorial. A flor é um importante órgão na evolução das angiospermas, pois a partir dos diversos meios de polinização pôde ocorrer fora à expansão territorial, uma maior troca genética, permitindo assim maior chance de adaptação.

As flores são órgãos constituídos por um eixo caulinar que tem crescimento limitado, o receptáculo, que possui os apêndices estéreis (sépalas e pétalas) e os férteis (androceu e gineceu), e são sustentadas por um pedicelo, um eixo caulinar que nasce da axila de uma ou mais brácteas.

A estrutura que melhor define a flor é o carpelo, que contêm os óvulos, os quais se desenvolvem em semente após a germinação, enquanto o carpelo se desenvolve na parede do fruto.

As flores tem origem igual das folhas, a partir do meristema apical caulinar, porém não apresenta suas partes constituintes separadas por nós.

Morfologia:

A flor completa é composta por: brácteas, pedúnculo, receptáculo e verticilos estéreis e férteis (Figura 1).

Figura 1. Morfologia da flor


As brácteas são folhas modificadas que vão estar próximas aos verticilos florais. Fica na base de onde brota o pedúnculo que suporta a flor ou inflorescência.

O pedúnculo (1) é o eixo que sustenta a flor ou inflorescência.

O receptáculo (2) é a porção dilatada da flor no extremo do pedúnculo na qual as peças (verticilos) da flor estão inseridas.

Os verticilos estéreis constituem o perianto, e consta do cálice e da corola, eles possuem a função de proteger os verticilos férteis. O cálice (3) é o conjunto de sépalas e a corola (4) o conjunto de pétalas.

E por fim temos os verticilos férteis, que são as partes reprodutoras da flor, e constam de androceu e gineceu, onde o androceu (5) é o conjunto de estames e o gineceu (6) é o conjunto de carpelos (ovário, estilete e estigma).


Jessika Barbosa.

Referências Bibliográficas:
RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia vegetal. Tradução Jane Elizabeth Kraus et al. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. 830 p.
SANTOS, J.H.R; BONILLA, 0.H. Organografia das fanerógamas. Fortaleza: UECE, 2003. 146 p.
Imagem original, disponível em: http://www.escolovar.org/plantas_fortunecity01.jpg

Morfologia da Folha - Introdução

As folhas são os órgãos das plantas responsáveis pela realização da fotossíntese, que é a síntese de moléculas orgânicas a partir de energia da luz solar. A estrutura na folha responsável pela captura dessa energia luminosa são os cloroplastos, que convertem em energia química através da fotossíntese.  Fora a função básica de realizar a fotossíntese as folha é responsável pela respiração, transpiração condução e distribuição da seiva, destacando as folhas como o órgão mais importante da planta do ponto de vista fisiológico.

A posição e o tamanho das folhas vão refletir diretamente na sua eficiência para a captação de luz, e absorção de gás carbônico durante a fotossíntese. A posição e a anatomia da folha devem permitir um equilíbrio que propicie à tomada de luz, a absorção de gás carbônico, evitando a perda excessiva de água.

Origem:

As folhas podem ter duas origens, podendo ser endógena, a partir da gêmula do embrião da semente, ou podendo ser exógena, a partir do meristema apical do caule.

Caracteríticas gerais:

  • Geralmente laminares;
  • Inserção no nó do caule;
  • Crescimento limitado;
  • Coloração verde, pela presença da clorofila;
  • Possuem gemas nas axilas.
Morfologia:

A folha, quando é completa, apresenta: limbo, pecíolo, base foliar e estípulas (Figura 1).

Figura 1. Morfologia da Folha


O limbo é a região laminar da folha, com simetria bilateral, sendo geralmente a parte mais visível da folha. O seu tamanho deve ser o suficiente para permitir a maior área de captação de luz solar e absorção de gás carbônico possível. Ele costuma ser delgado e tem a coloração verde.

O pecíolo é a região mais estreita e alongada da folha, sendo responsável pela união do limbo ao caule através da base foliar. A sua flexibilidade tem papel importante na exposição do limbo à luz solar.

A base foliar, ou bainha, é mais ou menos alargada, é a porção terminal do pecíolo que o liga ao caule, e fornece ao mesmo tempo, proteção ás gemas axilares.

E por fim temos as estípulas que são estruturas geralmente laminares, em quantidade de duas, que estão na base foliar. Essas estruturas são consideradas por alguns em fase de desaparecimento.

Não deixe de comentar, sejam dúvidas, discussões, sugestões... Interagir é bom, ainda mais quando trata-se de assuntos referentes ao seu contexto! 
Jessika Barbosa.


Referências Bibliográficas:
RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia vegetal. Tradução Jane Elizabeth Kraus et al. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. 830 p.
SANTOS, J.H.R; BONILLA, 0.H. Organografia das fanerógamas. Fortaleza: UECE, 2003. 146 p.
Imagem original, disponível em: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik17xYkeWf_5k-6pOq-ACvIcvdf4x7xfy6N5lHn_dBWeP9dirVM53X1q2d3Pjd4Dy1eVv2GfvxwtguRsXh7wybj9ScmDUw2xEHNETWaKaKaBBsKoIhgQy5smJTfsC7Zm5rSFGC3F8ZO_8/s1600/folha-141-g.jpg

Morfologia do Caule - Introdução

O caule é órgão que vai dá o suporte ao vegetal, ele vai sustentar as partes aéreas da planta, que são as folhas, flores e frutos. Fora a função de sustentar essas partes aéreas ele vai ter que dispô-las de forma adequada, para a realização da fotossíntese, polinização e dispersão das sementes. Também realiza a condução de água e sais minerais da raiz para a copa e dos açúcares, aminoácidos, hormônios e metabólitos, produzidos pela copa, para as outras partes da planta.

Origem:

O caule pode ter duas origens, endógena pela gêmula do caulículo do embrião da semente, ou exógena pelas gemas laterais.

Características gerais:

o   Eixo com nós e entrenós;
o   Nos nós existem folhas e gemas;
o   Gema terminal e gemas laterais.

Morfologia:

Em relação à parte externa do caule, podemos observar: nó, entrenó, gema terminal e gema lateral (Figura 1).

Figura 1. Morfologia do Caule


O nó (1) é a região do caule que costuma ser dilatada, de onde podem brotar as folhas, os ramos e as flores. A região do entrenó (2) é a área situada entre dois nós sucessivos, de onde não partem folhas, ramos ou flores.

A gema terminal (3), ou apical, é a região meristemática, que se situa no ápice dos caules, tendo uma forma mais ou menos cônica. Ela pode originar ramo ou flor e vai ser responsável pelo crescimento longitudinal do caule. Há gemas que podem não ter nenhuma proteção, sendo nuas e outras podem ocorrer protegidas.


Por fim temos as gemas laterais (4), que também são conhecidas como gemas axilares, elas vão partir das regiões dos nós e podem gerar ramos ou flor. Elas podem permanecer dormentes, devido à dominância da gema terminal.

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Jessika Barbosa.


Referências Bibliográficas:
RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia vegetal. Tradução Jane Elizabeth Kraus et al. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. 830 p.
SANTOS, J.H.R; BONILLA, 0.H. Organografia das fanerógamas. Fortaleza: UECE, 2003. 146 p.
Imagem original, disponível em: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuF6tqdEeprDLDpFEDNG7RFK99v2z21ycaxc3sZ-3Tfz_p1yHVyWnXhFcwrmBllMsuY6SuW213di4Pp9SRrZh7rPyQh165aYhwl-O1C8nfLMqeay0K_71P1Ow_Z5OGf4pTqPkyMR3e0pI/s1600/caulemof.png

Morfologia da Raiz - Introdução

A raiz é a primeira estrutura a emergir da semente em germinação, o que vai possibilitar a fixação da plântula no solo e absorver água. Ela apresenta, em geral, geotropismo positivo.

As funções da raiz são de fixação do organismo ao solo, e absorção de nutrientes e água, necessários a sua sobrevivência. Outras funções associadas à raiz são condução, armazenamento e aeração. A condução refere-se a substâncias xilemáticas e floemáticas. Exemplos de raízes que armazenam substâncias são as de cenoura, beterraba e de batata-doce, essas substâncias pode ser utilizadas pelas próprias raízes ou por outras partes da planta. As raízes de aeração podem ocorrer em algumas plantas subaquáticas, sendo esponjosas, pois são dotadas de grande quantidade de aerênquima (parênquima com grandes espaços intercelulares cheios de ar), com função de reserva de oxigênio para órgãos submersos.

A análise do sistema radicular de uma planta oferece importantes informações sobre o ambiente no qual ela se encontra, e da estratégia fisiológica utilizada por ela para obter água e nutrientes essenciais à sua sobrevivência.

·         Origem:

A raiz principal tem origem na radícula do eixo embrionário da semente, sendo exógena.  Enquanto que raízes secundárias têm origem endógena, a partir de tecidos profundos, e as raízes laterais surgem a partir do periciclo, um tecido presente em plantas com crescimento secundário.

·         Características Gerais:

o   Corpo não segmentado em nó e entrenós;
o   Sem folhas;
o   Sem gema;
o   Em sua maioria, subterrânea;
o   Ausência de clorofila, geralmente;
o   Presença de crescimento subterminal;
o   Geotropismo positivo, geralmente;
o   Presença de coifa e pelos radiculares.
·         Partes da Raiz:

Em relação a parte externa da raiz, podemos observar as seguintes partes: coifa, zona lisa, zona pilífera, zona suberosa e coleto. (Figura 1)

Figura 1. Partes da Raiz


A coifa (1), que também pode ser chamada de caliptra ou zona meristemática, possui forma de dedal, tem a função de proteger o cone vegetativo da raiz contra o atrito e a transpiração excessiva.

A zona lisa (2), que também é conhecida como zona de crescimento, é a região em que ocorre o alongamento vertical da raiz. Essa região fica situada entre a coifa e a zona pilífera.

A zona pilífera (3) é a região por onde a raiz absorve água e sais minerais do solo. Essa absorção é possível graças aos pelos absorventes que existem nessa região, que são prolongamentos das células epidérmicas. Essa zona situa-se entre a zona lisa e a zona tuberosa

A zona tuberosa (4), também conhecida como zona de ramificação, é onde se formam e ocorrem as raízes secundárias (5). Essa região está situada ente a zona tuberosa e o coleto.


Por fim temos o coleto (6), também chamado de colo, que é uma pequena área de transição da raiz para o caule.

Não deixe de comentar, sejam dúvidas, discussões, sugestões... Interagir é bom, ainda mais quando trata-se de assuntos referentes ao seu contexto! 
Jessika Barbosa.



Referências Bibliográficas:
RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia vegetal. Tradução Jane Elizabeth Kraus et al. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. 830 p.
SANTOS, J.H.R; BONILLA, 0.H. Organografia das fanerógamas. Fortaleza: UECE, 2003. 146 p.
Imagem original, disponível em:<http://www.sobiologia.com.br/conteudos/figuras/Morfofisiologia_vegetal/partesdaraiz.jpg>